sábado, 30 de abril de 2011

Deputado quer crematório público no Estado

A questão de onde abrigar os mortos tem incomodado os deputados estaduais. Na manhã da quarta-feira, dia 21,o deputado José Geraldo (PTB), propôs um anteprojeto de lei que prevê a criação de um crematório público para atender ao Estado do Tocantins. A proposta foi subscrita pelos outros sete deputados que compõem a bancada de oposição.
    O deputado justifica sua proposta em função do crescimento populacional. Segundo ele, a falta de espaço urbano para a expansão dos cemitérios nas cidades tem trazido problemas para os administradores. O parlamentar lembra que os gestores públicos também precisam encontrar soluções para áreas de outras demandas sociais, como moradias, lazer, escolas e centros de saúde.
    De acordo com a proposta, a cremação será executada em regime de concessão pública, remunerada pelos usuários, e as tarifas deverão ser previamente aprovadas pelo Executivo. O anteprojeto também determina que a concessionária ofereça instalações dotadas de capela ecumênica, equipamentos próprios para o acondicionamento e manutenção de corpos e cinzas para a incineração. O serviço só poderá ser realizado após 48 horas do óbito. Para o petebista, “a cremação concorre para a redução dos problemas do espaço nos cemitérios e da contaminação do solo, especialmente nas regiões de lençóis freáticos rasos como Palmas”.
    Na terça-feira, o deputado Marcello Lelis havia solicitado ao prefeito da Capital, Raul Filho (PT), a implantação imediata do cemitério público ou a manutenção do contrato com o Cemitério Jardim das Acácias para atendimento à comunidade de Palmas, especialmente às famílias carentes. Lelis alertou que a situação já vem se arrastando há bastante tempo e tem gerado todo tipo de constrangimento e desgaste às populações de baixa renda.
    Além de solicitar cemitérios públicos e gratuitos para a cidade, o deputado também denunciou a falta de infra-estrutura e de pessoal capacitado para realizar os trabalhos em cemitérios da região da Capital. Ele, para ilustrar o problema, citou ainda um fato, que foi o enterro de um cidadão que morava nas Aurenys, cuja família procurou ele ontem, e que foi enterrado com muita dificuldade no cemitério do Taquaruçú, após os dois primeiros responsáveis pelos enterros no cemitério não estarem à disposição para tal.

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