domingo, 27 de março de 2011

Casa de velório tem pacote de R$ 40 mil com 'bem-velado' e música ao vivo

Serviço de luxo inspirado em modelo norte-americano é novidade em SP.
Contrato pode incluir bufê com guloseimas e até transmissão pela internet.

A sofisticação nos serviços em São Paulo chegou ao além-morte com a inauguração, há uma semana, do Funeral Home, empreendimento que se apresenta como a primeira casa funerária de luxo da cidade. O diferencial do negócio está na infra-estrutura e na diversidade de serviços oferecidos para um funeral, como a entrega de lembrancinha batizada de “bem-velado” - sim, é o mesmo docinho de casamentos - e até a apresentação de um quarteto de cordas.

A pompa e circunstância do Funeral Home começam pelo imóvel onde a empresa está instalada: um casarão de 1928, com 739 m² de área construída, tombado como patrimônio histórico. A localização também é nobre, uma rua paralela à Avenida Paulista.

A casa tem 26 ambientes, sendo quatro salas de velório batizadas de Roma, São Paulo, Paris e Nova York (cada uma com o seu preço), uma capela ecumênica, banheiros, terraço, deck e até uma sala equipada com televisão de 42 polegadas e computadores conectados à internet. 


Foto: Reprodução/G1

Sala batizada de Paris tem a maior das ante-salas disponíveis para amigos e parentes do morto (Foto: Reprodução/G1)

Mas, para velar um parente no local, é preciso preparar o bolso e não esquecer do amanhã. O serviço mais em conta – que corresponde ao aluguel da sala mais barata - custa R$ 3 mil. O preço pula para R$ 4 mil, caso a família opte pelo serviço de bufê simples, com café, chá, água e biscoitinhos. Para fechar a casa com exclusividade, e ter o pacote com bufê de comidinhas finas doces e salgadas, é preciso desembolsar R$ 40 mil.


'Cardápio'

Para a Funeral Home, velório é um negócio que visa o lucro e envolve prestação de serviço. Há contrato e cláusulas e até uma espécie de “cardápio” onde o cliente confere as opções e escolhe somente as que lhe interessa.

Dependendo do contrato, a família pode se poupar de contatar o Serviço Funerário Municipal, de avisar amigos e parentes e não ter de se preocupar com atestado de óbito nem com anúncio fúnebre em rádio e jornal. Quando dá tempo, é possível até encomendar um vídeo em homenagem ao morto para ser exibido no velório. 


Há ainda o serviço de música ambiente, com seleção inspirada no gosto musical do falecido, por exemplo. Quem não puder comparecer ao velório, poderá assistir a tudo ao vivo pela internet. O serviço ainda vai ser disponibilizado, assim como o envio de condolências por mensagem eletrônica. Um carro com motorista leva a família até o cemitério e ainda há o acompanhamento de um assistente social até o sepultamento.

Além dos comes e bebes, os visitantes podem sair com uma lembrancinha, além do santinho com uma oração. O “bem-velado” pode ser substituído por um saquinho com sementes de girassol e com amêndoas cristalizadas. 

Mudança de hábito

A empresária Milena Braga Romano está no ramo de assistência funerária há sete anos e se inspirou em casas de funeral mundo afora para trazer o conceito para o Brasil. Da idealização até o projeto ficar pronto foram cinco anos.

“Eu ficava indignada de São Paulo, a terceira maior cidade do mundo, não ter um lugar aconchegante e sofisticado para a despedida. É uma coisa inédita aqui no Brasil”, afirma Milena, que aposta na personalização do velório como nicho de mercado a ser explorado.

“A minha idéia é mudar essa concepção de velório em que as pessoas vão até o sepultamento. Não é preciso, esse momento [o enterro] é algo para a família e os mais íntimos. As pessoas podem se despedir em um local central e não ter de ir até o cemitério, que geralmente fica longe”, argumenta.

Casarão tombado em BH vai abrigar velório de luxo

Despedir-se da terra e chegar ao céu em grande estilo é o que promete um empreendimento inédito que chega em breve a Belo Horizonte. Com o objetivo de revolucionar o conceito do último adeus a um ente querido, a Funeral House, com inauguração prevista para o dia 30, no Bairro Funcionários, na Zona Sul da cidade, será a primeira casa funerária de luxo de Minas e a segunda do Brasil. A primeira do país foi inaugurada em 2008, em São Paulo. O exemplar mineiro funcionará em um amplo casarão da década de 1950, tombado pelo Patrimônio Histórico, e tem a pretensão de ser um espaço diferenciado onde as pessoas poderão prestar as últimas homenagens a seus parentes e amigos. O empresário Haroldo Moreira Felício, idealizador do projeto, diz que a ideia foi resgatar o ambiente dos velórios de antigamente, principalmente aqueles do interior, que ocorriam dentro de casa, em um ambiente mais íntimo.

Funeral House vai oferecer gama de serviços para familiares e amigos do falecidoServiço será inaugurado dia 30 (Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Funeral House vai oferecer gama de serviços para familiares e amigos do falecidoServiço será inaugurado dia 30
Para o escritor Olavo Celso Romano, integrante da Academia Mineira de Letras, o novo espaço pode trazer de volta a tradição do velório para as grandes cidades. “Antigamente, os mortos eram velados dentro de casa, onde era servido café, quitutes e até uma cachaça. Eram eventos de confraternização, de reencontros de conhecidos, amigos e parentes. Em alguns municípios do interior ainda hoje é assim”. Para Romano, a migração das pessoas do campo para a cidade fez com que este costume se perdesse com o passar do tempo. “Hoje, a maioria das pessoas que vive nos grandes centros mora em apartamentos. Por isso, não há condições de fazer velórios em casa. A urbanização expulsou os defuntos de casa”, brinca o contador de casos.

A proposta do novo serviço é oferecer um velório nos moldes antigos, porém, com muito requinte. Os clientes terão a opção de contratar um bufê da casa para servir bebidas e comidas, que vão desde água, sucos e refrigerantes até whisky e champanhe. As três salas de velório contam com espaço íntimo para a família, TV a cabo, computador e internet gratuita. A casa, que funcionará 24 horas durante os 365 dias do ano, terá serviço de manobrista e segurança. Para levar o caixão até a casa, a família pode optar por um Cadillac dos anos 1970. Foi investido R$ 1,5 milhão no negócio. “Um plano básico sairá em torno de R$ 8 mil. Mas de acordo com os desejos dos familiares, o valor pode chegar a até R$ 100 mil. Ou mais. Para nós, o céu é o limite”, afirma Haroldo Felício.

O empresário sabe da dificuldade inicial que poderá enfrentar no negócio. “Sabemos que em princípio a ideia pode soar estranha”, comenta. A dentista Maristela Branca Cardoso Lopes, vizinha do casarão, não gostou do projeto. “Estou até pensando em me mudar daqui. Temos que celebrar os vivos e não os mortos”, opina. Mas o diretor da empresa não desanima. “Esperamos que as pessoas entendam que queremos fazer uma despedida especial. Afinal, se todos os momentos importantes em nossa vida são comemorados, como nascimento, aniversário, casamento e bodas, por que não fazer da morte uma celebração à vida?”. A administradora de empresas Rosemary Soares, de 46 anos, concorda e aprova a novidade. “Se eu pudesse, seria velada com toda pompa e glamour. Já pensou que chique morrer com essa classe?”, afirma Rose, ao passar em frente ao casarão.


Cardápio de facilidades


- Espaço de despedida para quem optar em não ir ao cemitério ou crematório;
- Velórios com varandas, salas e banheiros exclusivos para a família (opcional);
- Ar-condicionado quente e frio;
- Manobristas;
- Segurança 24 horas;
- Serviços de cartório, no município de Belo Horizonte;
- Lista de presença eletrônica;
- Velórios online, para pessoas impossibilitadas de comparecer pessoalmente;
- Comunicados eletrônicos via e-mail, de missas e outras homenagens;
- Elevador exclusivo para urnas;
- Acessibilidade completa para portadores de necessidades especiais e melhor idade;
- Carro funerário antigo e exclusivo;
- Serviços de bufê, bar e bebidas com diversas opções;
- Computador e TV a cabo na sala da família;
- Sistema internet sem fio;
- Área de convivência para fumantes, com jardins e cascatas.

Onde ser veloado em BH

Funeral House – Av. Afonso Pena, 2158, Funcionários, (31) 3274-7001
Cemitério do Bonfim – Rua Bonfim, 1.120, Bonfim., (31) 3277-6040
Cemitério da Paz – Av. Presidente Carlos Luz, 850, Caiçara, (31) 3277-8304
Capela Velório do Barreiro – Rua Vicente de Azevedo, 393, Barreiro de Baixo, (31) 3277-5927
Cemitério da Saudade – Rua Cametá, 585, Saudade, (31) 3277-5711
Cemitério da Consolação – Av. Aldemiro Fernandes Torres, 2.000, Jaqueline, (31) 3277-5505
Parque Parque da Colina – Rua Santarém, s/nº, Nova Cintra, (31) 3292-6144
Cemitério Bosque da Esperança – Rua Aldemiro Fernandes Torres, 1.500, Canaã, (31) 3454-2200
Parque Renascer – BR-040, próximo ao Ceasa, Contagem, (31) 3394-4545

Cemitério de Londrina terá forno crematório

Empreendimento prevê estudo de impacto ambiental; aumentou muito a procura por este tipo de serviço no Paraná.
O Cemitério Parque das Alamandas, que deverá entrar em funcionamento até o final do ano na Zona Oeste de Londrina, terá um forno crematório. Um forno americano foi comprado em abril do ano passado para realizar o serviço.

Reprodução
Segundo o advogado José Rodrigo Neves, diretor executivo do empreendimento e porta voz do grupo de empreendedores, o equipamento tem duas câmaras de combustão: a primeira queima o corpo e a segunda elimina os gases provenientes da primeira queima.

''A única coisa que sai pela chaminé é o ar quente. O forno tem uma série de sensores que inibem a queima se houver odor ou cor. O equipamento trava'', garante. Será feito estudo de impacto ambiental quando o forno for instalado.

O equipamento custou cerca de R$ 1,5 milhão e a estimativa é que o retorno seja ainda mais lento que o investimento feito no cemitério porque no Brasil não há cultura de cremação. O empresário diz que nos Estados Unidos a cremação é feita em metade dos corpos, enquanto a média brasileira é de apenas 5%. No entanto, na sua avaliação, a tendência é que as cremações aumentem no Brasil, especialmente na Região Sul.

Os investidores ainda não sabem quanto vai custar a cremação, mas acreditam que deve ficar na média praticada no País. Nos 35 fornos em funcionamento, o custo varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. ''Há uma série de produtos que você pode agregar em um 'pacote' e o cerimonial, por exemplo, é um detalhe que está em alta'', finaliza.

Cemitério

A construção do Cemitério das Alamandas será feita em etapas. A primeira quadra, com 777 jazigos, será construída aos poucos. ''Vamos fazer esta obra de forma gradativa, de acordo com a necessidade, até porque o custo da obra é muito alto'', afirma Neves. Para dar maior agilidade ao negócio, os investidoes vão elaborar o que definem como um ''plano agressivo de marketing''. O projeto deve ser colocado em prática assim que for definida a data para o início das atividades e consiste na venda de jazigos para as famílias que não possuam lotes em outros cemitérios da cidade.

Os investidores querem deixar bem claro que o cemitério não vai privilegiar nenhuma classe social. ''O nosso empreendimento é de alto nível, mas o cemitério não é um produto exclusivo para a classe A. Nós queremos atender todas as classes, independente de renda. Nós vamos parcelar em até 60 vezes e se a pessoa pode pagar R$ 50 por mês, ela será nossa cliente'', afirma. Os investidores estão se cercando de todos os cuidados também com relação ao meio ambiente, sendo feito inclusive o Relatório de Estudo e Impacto Ambiental (EIA/Rima). ''Posso dizer seguramente que este é o único cemitério do Paraná que tem um estudo detalhado de meio ambiente, considerando até o ar e o aspecto sonoro''.

O projeto ambiental prevê ainda a colocação de seis pontos de monitoramento para acompanhar se há contaminação da água ou do solo, e para que isto não aconteça, a parte interna dos jazigos será revista com concreto. Outros estudos ambientais serão feitos assim que o cemitério entrar em atividade.


Aumenta procura por crematórios no Paraná


A tradição de enterrar o corpo de uma pessoa no cemitério ainda é grande. Mas o mercado de crematórios cresce cada vez mais. No Paraná existem três empresas autorizadas a realizar o serviço, todas localizadas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). No entanto, o interior não vai ficar de fora.

A curto e médio prazo estão previstas instalações de equipamentos em Campo Mourão, Maringá, Londrina e Cascavel. Apenas na empresa Vaticano, localizada na RMC, cerca de 30 corpos são cremados por mês. Desse total 10% são do Norte do Estado. Entre as três empresas, de 10 a 20 cremações são feitas por mês com corpos vindos de cidades praticamente de todo o interior do Estado.

O gerente do Crematório Perpétuo Socorro, Edimar Mattos, acredita que um crematório no Norte do Paraná iria suprir a necessidade da região. ''No futuro, cada vez menos pessoas vão procurar por cemitérios'', opina.

Para transportar um corpo para outra cidade, com o intuito de ser cremado, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços Funerários do Paraná tem o preço tabelado em R$ 1,20 por quilômetro. Por exemplo, uma família de Londrina que contratar o serviço poderá pagar, aproximadamente, R$ 1 mil apenas com o transporte do corpo, já que também é necessário pagar o trajeto de volta, com a urna e as cinzas.

O presidente do sindicato, Gélcio Miguel Schibelben, diz que há um aumento significativo na procura pelo serviço de crematórios em Curitiba e Região Metropolitana. Porém, no interior o serviço ainda é pouco solicitado. ''Em algumas cidades a cultura de enterrar o corpo é muito forte'', opina. Mas o altos preços praticados pelos cemitérios podem mudar os planos de muita gente. ''No Cemitério Municipal de Curitiba não há vagas. Nos particulares um jazigo custa entre R$ 9 mil e R$ 12 mil para dois corpos, fora a taxa de manutenção anual'', explica.

No crematório Jardim da Saudade, também na RMC, já foram cremados corpos de Cascavel, Maringá, Umuarama e Ponta Grossa, além de outros vindos de cidades catarinenses, como Joinville, Florianópolis e Blumenau. Mas o volume de clientes do interior ainda é pequeno. ''Mais de 90% são de Curitiba'', explica um dos diretores da empresa, Andrei Matzenbacher.

Crescimento

A empresa Vaticano foi o primeiro crematório a atuar no Estado e funciona há dez anos. No primeiro mês de atividade foram apenas cinco cremações. Em uma década o crescimento no número de corpos cremados cresceu 600%. A baixa do preço do serviço é um dos principais motivos por esse aumento. Entre os crematórios existentes o trabalho varia de R$ 1.850 a R$ 3,5 mil. No Crematório Perpétuo Socorro, o cliente paga em quantas prestações quiser. ''Em 10 parcelas é sem juros, mas também é possível pagar em 50 vezes'', afirma Edmar Mattos. Esse valor não inclui o serviço da funerária, que providencia o caixão, faz a preparação do corpo e organiza o velório. O trabalho custa entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Nos serviços mais completos a família poderá pagar até R$ 20 mil. Para pessoas carentes o serviço básico é disponibilizado gratuitamente.

Segundo a sócia-proprietária da empresa Vaticano, Mylena Cooper, uma série de motivos tornam a cremação uma boa opção. Os familiares não precisam pagar pela taxa anual de manutenção cobrada pelos cemitérios particulares. ''A cerimônia realizada antes da cremação também atrai mais pessoas. Fazemos um vídeo com imagens da pessoa que morreu e colocamos a música que ela mais gostava. Isso fica na memória como um momento bonito. Bem melhor do que enterrar e ver alguém jogar terra em cima do caixão'', avalia.

Se a morte foi natural, o corpo só poderá ser cremado após a autorização de dois médicos, feita por meio de documento. Esse procedimento é feito no próprio hospital ou no Instituto Médico Legal (IML). No caso de morte violenta, um alvará judicial é necessário. Cremar o corpo significa perder uma possível pista do crime, se o caso ainda não foi resolvido. (Diogo Cavazotti/Equipe Folha).

EXCLUSIVO: Adequações em cemitérios buscam conter impactos ambientais comuns a esses estabelecimentos

Morar próximo a um cemitério pode ser motivo de problema para algumas pessoas. Porém, tal fato não está ligado à morbidade do lugar, e sim, ao impacto ambiental causado por ele. A questão foi discutida, no início do mês, no I Seminário Nacional de Engenharia para Cemitérios, em Curitiba. O evento ressaltou a importância da adequação dos cemitérios a um plano de gestão ambiental.
A maior ocorrência de degradação ao meio ambiente ocasionada pelos cemitérios é a contaminação do solo e, por conseqüência, dos lençóis freáticos, pelo chamado necrochorume, uma substância acizentada que sai dos cadáveres em decomposição. O líquido é formado por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, sendo que duas delas são tóxicas: a cadaverina e a putrescina.
Elma Romanó, engenheira agrônoma do IEP – Instituto de Engenharia do Paraná – e chefe do escritório do IAP – Instituto Ambiental do Paraná – na cidade de Ponta Grossa, uma das coordenadoras do seminário, comenta que a contaminação da água pode se dar também, por exemplo, através das alças dos caixões, que contêm metais pesados. “Além disso, se a pessoa morreu por uma doença infecto-contagiosa, pode transmiti-la para o lençol freático”, alerta. A engenheira cita um outro exemplo de contaminação: “Se o cadáver morreu de câncer e tiver passado por sessões de radioterapia, pode contaminar a água”, diz.
Elma aponta algumas maneiras de evitar a transmissão de poluentes vindos dos túmulos, como técnicas de impermeabilização. “Foi criado algo parecido com um absorvente, para ser colocado dentro do caixão. Assim, os resíduos vindos do cadáver não contaminam o solo”, afirma. Além disso, estudam-se técnicas de tratamento do necrochorume, bem como o uso de caixões biodegradáveis. Porém, de acordo com ela, é a legislação que deve ser alterada em benefício do meio ambiente.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama – possui uma resolução que propõe o uso adequado dos cemitérios, com o compromisso de não afetar o meio ambiente. Porém, o Governo do Paraná criou uma regulamentação ainda mais restritiva. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, havia dado 90 dias para que os cemitérios irregulares solicitassem licença ambiental, e 180 dias para que os de situação regular pedissem exame ambiental. Porém, o prazo já expirou há muito tempo. Segundo Elma, será marcada uma nova data para que os cemitérios adotem os procedimentos legais.
O modelo de gestão ambiental para cemitérios proposto pode servir de exemplo para outros estados. “Vamos mandar nossas idéias para Brasília, e acreditamos que a legislação federal irá passar por revisão”, diz Elma.

Estudo avalia impacto ambiental de cemitérios na Grande São Paulo

Um estudo realizado por estudantes de biologia da Universidade Nove de Julho mostra os cemitérios como fonte potencial de impacto ambiental na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com as autoras da pesquisa, Susana Alves dos Santos e Deborah Cecilia Menderico, a análise dos procedimentos vigentes de sepultamento indica que a cremação poderia substituir a prática vigente para transformar as áreas dos cemitérios públicos em parques ecológicos, de forma que a flora e fauna local pudessem ser recuperadas.




Sepultura semiaberta localizada no Cemitério Municipal da Vila Nova Cachoeirinha. Crédito: Susana Alves dos Santos.
Sepultura semiaberta localizada no Cemitério Municipal da Vila Nova Cachoeirinha. Crédito: Susana Alves dos Santos.

As autoras explicam que um dos principais problemas encontrados nestes cemitérios é a falta de estrutura e liberação de substâncias nocivas. “O necrochorume apresenta substâncias extremamente tóxicas, como a putrecina e a cadaverina, além de carregar a possível causa mortis de um indivíduo”, afirma Susana. “Essa substância é hidrossolúvel, então, quando a população carente que habita o entorno dos cemitérios consome a água contaminada dos poços artesianos, ingere patógenos que causam problemas de saúde como a diarreia, a cólera, febre tifóide e paratifóide”.
Para o estudo, as pesquisadoras realizaram visitadas a alguns cemitérios e todos apresentaram algum tipo de problema: condições de drenagem do solo, inclinação do terreno, restos de resíduos de exumação, peças e acessórios de caixões e tempo de decomposição que não atendiam aos requisitos do CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente – e da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.




Acúmulo de resíduo de exumação presente no Cemitério Municipal da Vila Nova Cachoeirinha. Crédito: Susana Alves dos Santos.
Acúmulo de resíduo de exumação presente no Cemitério Municipal da Vila Nova Cachoeirinha. Crédito: Susana Alves dos Santos.




Além disso, uma comparação entre a área destinada mostra que necrópoles públicas (46
cemitérios de três subregiões da RMSP), passivas de contaminação ambiental, correspondem a quase três parques do Ibirapuera, ou a 28 parques Guarapiranga.
Os dados preocupam porque são áreas de potencial impacto ambiental. “O que demonstrou problemas mais notórios foi o Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha”, ressalta Susana. “Serve de quintal para as crianças e de passagem para os moradores, apresentando graves problemas de ordem geoambiental; as constantes pilhas de resíduos de exumação, córregos a céu aberto, covas rasas e em alguns casos o afloramento do necrochorume, são os problemas ambientais mais evidentes gerados pela atividade do sepultamento”.
“A proposta é substituir essas áreas por parques ecológicos que propiciem melhor qualidade de vida”, conclui Susana.
A cremação, alternativa proposta no presente estudo, é uma técnica funerária que consiste em queimar o cadáver, para reduzir o corpo a cinzas. Oferece menos riscos ambientais do que o sepultamento do corpo em covas. As cinzas retiradas dos crematórios são geralmente espalhadas nos jardins que entornam os crematórios.

Pesquisa CULTURA FUNERARIA

No período do paleolítico que possivelmente teve início a prática de inumações acompanhadas de ritos funerarios. O homem neolítico retoma ao culto aos mortos criando diversos tipos de sepulturas. O que se infere, então, é que as inumações eram praticadas nos campos, nas grutas naturais que também eram habitações - nas grutas artificiais, em fossas, em sepulcros.
Sepultamentos encontrados nos sambaquis, litoral centro-sul do Brasil, representam para os pesquisadores uma das mais importantes fontes históricas funerárias.
A cultura tupi-guarani possuía supultamentos de dois tipos: em terra e em urnas. O sepultamento em urnas, resultaria da preocupação dos sobreviventes de não deixarem os ossos em com a terra.
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até o momento da peste negra (peste bubônica) quando as igrejas não comportaram mais tantos corpos, além do risco de contaminação, quando os enterros foram instituídos.
No Brasil colonial e imperial os sepultamentos dentro de igreja também existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. Até então somente negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. Os homens livres eram sepultados nas igrejas, por isso o tamanho de uma cidade era medido pela quantidade de igrejas que possuía, pois as igrejas faziam o papel dos cemitérios e algumas cidades coloniais, no Brasil, por exemplo, possuíam mais de 360 igrejas.
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume era considerado corriqueiro e fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Alguns povos utilizavam a cremação para rituais fúnebres: os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 A.C. e os romanos, seguindo a mesma lista de tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 A.C. Nessas civilizações, como a cremação era considerada um destino nobre aos mortos, o sepultamento por inumação ou entumulamento era reservado aos criminosos, assassinos, suicidas e aos fulminados por raios (considerada até então uma "maldição" de Júpiter). As crianças falecidas mesmo antes de nascerem os dentes também eram enterradas.
No Japão, a cremação foi adotada com o advento do Budismo, em 552 D.C, importado da China. Como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares para sepultamento, pois o Japão possui pouquíssimo espaço territorial, os japoneses incrementaram significativamente a prática. Em 1867, foi promulgada uma lei que tornava obrigatório incinerar as pessoas mortas por doenças contagiosas para um controle sanitário eficaz e eficiente, bem como para racionalizar e obter melhor uso da terra. Os cidadãos passaram a considerar normal cremar todos os mortos e todas as religiões passaram a recomendá-la.
Há religiões que não recomendam a cremação. A Igreja Católica, por exemplo, permite a cremação se não for feita com a intenção materialista - que reduz a realidade ao que os sentidos podem apreender e o homem a um corpo -, de negação da ressurreição dos corpos, mas até recomenda «vivamente» (ver o catecismo) a prática de enterrar os corpos.
A cremação no Brasil exige que a pessoa registre em cartório o desejo de ser cremado, ou então que o parente mais próximo requisite o serviço. Já a disposição final das cinzas é livre, podendo ser conservadas em jazigos ou entregues a um depositário de cinzas.
O primeiro crematório com fins funerais inaugurado no Brasil foi o crematório municipal de Vila Alpina, na cidade de São Paulo, no ano de 1974.
Em 2008 praticamente todos os estados brasileiros dispõem de um crematório, sendo que a Grande São Paulo conta com três deles. O crematório da Vila Alpina crema cerca de 300 cadáveres ao mês.
As cinzas não retiradas dos crematórios são, via de regra, espalhadas nos jardins que entornam os crematórios.




Vereador consegue assinaturas para CPI da Setec

Petterson Prado reuniu as onze assinaturas necessárias para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito .

O vereador Petterson Prado (PPS) conseguiu reunir na sessão desta quarta-feira (09/03) as onze assinaturas necessárias para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias sobre a utilização de corpos no necrotério dos Amarais, em Campinas, como objeto de estudo em aulas de tanatopraxia no local. As famílias não tinham conhecimento da utilização dos corpos.

O próprio prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) já afirmou que quer rigor, profundidade e rapidez no esclarecimento do escândalo que envolve a autarquia. Ele determinou que um procurador da Prefeitura ajude a direção da Setec na sindicância interna que já havia sido aberta por Tereza Dóro. Hélio ainda deu um prazo de 15 dias, após o fim do Carnaval, para que tudo seja apurado e que os envolvidos, caso seja comprovada suas participações no fato, sejam banidos da Administração. Quem confirma essas informações é o secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Antônio Caria Neto.

Por causa das denúncias, o responsável pela Divisão Funerária da Setec, Erivelto Luís Chacon, e o agente de suporte técnico Heitor Fernandes de Freitas Filho foram afastados de suas funções. Chacon foi apontado por fontes de dentro da autarquia como o funcionário que teria cedido o espaço e os corpos, sem o conhecimento das famílias, para os cursos. O segundo, Freitas Filho, deixou recados por escrito aos colegas em um caderno, com seu carimbo e assinatura em documentos também obtidos durante a apuração, determinando que fossem prorrogadas as entregas dos corpos tratados no necrotério durante as datas das aulas de tanatopraxia.

Há pelo menos seis anos, o necrotério dos Amarais serve de espaço para o curso de tanatopraxia organizado pelo Centro de Tecnologia em Administração Funerária (CTAF) e a Tanatus Indústria e Comércio Ltda., ambas com sede em Botucatu.

Da necessidade de uma legislação federal para regular o Direito Funerário no Brasil

O direito funerário é um ramo do direito pouco estudado, mas muito movimentado, já que óbitos, exumações, translados de cadáveres e restos mortais e cremações (entre outros vários serviços funerários) acontecem diariamente em todo o país.
Atualmente, no território brasileiro existem dois tipos de funeral. O enterro em sepulturas (não esquecendo que sepultura é um gênero com varias espécies como carneiro, jazigo, catacumba, nicho, mausoléu e etc.) e a cremação em fornos crematórios específicos para esse fim.
Devendo lembrar também que o tempo de decomposição de órgãos e tecidos é de três anos, geralmente, podendo ser de até cinco dependendo da causa mortis e da quantidade de tecidos do de cujus.
Mesmo assim, com todos esses fatores determinantes do direito funerário sendo iguais em todo o país, a competência para regular tal matéria é da municipalidade, assim como administrar os cemitérios públicos e fiscalizar os particulares.
Por causa disso, a grande maioria dos municípios do Brasil não possui legislação funerária.
Pouquíssimas cidades do país possuem tal legislação. Na verdade somente algumas capitais e cidades de maior porte.
No Rio de Janeiro dois decretos municipais formam uma legislação quase completa para chegarmos a composição de um Código de Direito Funerário. São eles o Decreto "E" 3.707/1970, que regula desde titularidade de sepulturas e exumações até a administração nos cemitérios ou construções de sepulturas e o Decreto Municipal/RJ n. 24986/2004 que regula a cremação e os Fornos Crematórios (além de outras leis e decretos que complementam a matéria).
Com esses dois decretos (e mais alguns dispositivos como Regulamentos, outros decretos e leis) a cidade do Rio de Janeiro possui uma das mais completas legislações funerárias do Brasil.
Diante de todo o exposto acima, devemos analisar todas as regiões do Brasil. Na verdade em todas elas os funerais são de cremação em fornos crematórios ou sepultamente em sepulturas. Não podemos esquecer que as populações indígenas de regiões remotas ou reservas enterram seus entes em solo comum, com certa divisão no terreno, que não chegam a constituir cemitérios na forma da legislação, mas são sepultamentos no solo caracterizando funeral como nos cemitérios das cidades.
Com o citado acima, como todas as regiões tem o mesmo tipo de funeral, apenas com peculiaridades de cada local (o que não atinge a natureza dos dois atos de funeral), o Brasil deveria ter uma legislação funerária federal.
Tal medida iria coibir uma grande lacuna na lei brasileira, que conseqüentemente traz a tona diversas irregularidades cometidas em cemitérios e contra a memória de diversas famílias em todo o país.
Note-se que na esfera criminal, os crimes contra a honra dos mortos é devidamente regulado pelo Código Penal, o que protege com a lei todo o território brasileiro.
Muitos são os relatos de desrespeito a memória de diversas famílias e a honra dos mortos. Sem uma lei para regular essa conduta, muitas vezes as autoridades locais acabam legislando e executando ato que pode ser danoso ou ilícito para o cidadão ou a população e seus consumidores. Isso quando não ocorrer o pior, ou seja, a administração do cemitério legislar e executar atos danosos ou ilícitos.
Portanto fica clara a necessidade de uma lei federal para regular o direito funerário num todo, ou seja, cremações, translados de cadáveres e restos mortais, enterros, exumações para diversos fins, compra e venda de sepulturas, naturezas jurídicas e todos os outros assuntos relativos ao tema, mas resguardando os municípios de criarem decretos em caso de peculiaridades locais, sem prejudicar a natureza da lei federal.
Mas mesmo com a lei sendo oriunda da esfera federal, a administração, fiscalização, manutenção e execução da lei federal devem sempre ser de competência dos municípios.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Japão começa a abrir valas comuns e a enterrar os mortos

Ontem, Higashimatsushima enterrou dezenas de corpos numa vala comum (Foto: Yuriko Nakao/Reuters)



De acordo com os números oficiais, citados pela estação de televisão japonesa NHK, 9452 pessoas morreram e 14.715 estão desaparecidas.

A provincial de Miyagi regista a maioria dos mortos confirmados, 5714. Nesta região ainda estão desaparecidas 5196 pessoas.

Em Iwate estão confirmados 2904 mortos e 5028 desaparecidos. Na província de Fukushima morreram 776 pessoas e 4487 estão dadas como desaparecidas.

O número de vítimas obrigou o país a repensar a forma como trata os mortos. Vários municípios estão a abrir valas comuns, algo impensável para uma nação onde os mortos são, normalmente, cremados e as suas cinzas cuidadosamente colocadas perto de templos. Mas os crematórios não conseguem dar resposta ao elevado número de corpos que recebem. Há falta de querosene e de gelo para preservar as vítimas que perderam a vida no sismo e tsunami.

Esta sexta-feira em Kamaishi, na provincial de Iwate, será realizado um enterro para 150 corpos não identificados numa vala comum. “É uma medida especial, mas não há muito mais que possamos fazer”, comentou Kazuhiko Endo, funcionário do município. “Estes corpos já estão há mais de uma semana nas morgues e não sabemos se ainda poderão ser identificados”, acrescentou.

Apesar de muitas auto-estradas já estarem abertas ao trânsito, a falta de combustível impede muitos de resgatar e transportar os corpos dos seus familiares.

“Ao início íamos cremar as vítimas mas depois começaram a surgir tantas... Queremos enterrá-las rapidamente”, disse Doyu Oheda, um monge a viver na cidade de Higashimatsushima, na província de Miyagi. Ontem, aquela cidade enterrou dezenas de corpos numa vala comum, onde anteriormente ficava uma lixeira, enrolados em cobertores ou dentro de caixões de madeira. Esta vala tem capacidade para mil pessoas mas é temporária. Aqueles que ali foram enterrados estão registados e serão cremados no futuro.

Ofunato, em Iwate, espera cremar “tantos corpos quanto for possível”, disse Hideki Terasawa, responsável do município. “Temos dois crematórios que podem tratar 20 corpos por dia e já pedimos ajuda às unidades das cidades mais próximas”, acrescentou.

Mas a identificação dos corpos é tarefa difícil. “Há muitas pessoas que ainda não identificámos. A polícia está a recolher amostras de ADN e a armazená-las para que possamos identificar as pessoas mais tarde”, explicou.

A cidade de Kesennuma, no Nordeste do Japão, está a estudar os impactos que as valas comuns podem ter nos lençóis freáticos. “Os enterros são tão raros aqui que precisamos de encontrar um local apropriado para os fazer”, comentou Yoshio Osawa, funcionário do município.

Em Unosumai, em Iwate, os ginásios das escolas foram transformados em morgues, onde os corpos são limpos e envolvidos em lençóis brancos e alinhados no chão. Autocarros transportam os familiares de morgue para morgue, à procura dos entes queridos, enquanto escavadoras preparam um terreno por trás de um templo destruído para uma vala comum.

Pode ser difícil mas as autoridades nipónicas precisam garantir que os corpos venham a ser identificados, disse Francis Markus, da delegação em Tóquio da Federação da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho. “Os corpos devem ser tratados de uma forma digna e as pessoas devem ter uma oportunidade para identificar os seus entes queridos”, lembrou.

domingo, 20 de março de 2011

Curiosidade: Higiene Hospitalar, destino de partes amputadas.


SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA HOSPITALAR - SHL

21. Necrotério:
• Limpar o piso todas as manhãs;
• Recolher o lixo todos os finais de tarde para ter um bom aspecto;
• Lavar as mesas todos os dias;
• Lavar as paredes, janelas e portas todos os finais de semana;
• Lavar o banheiro diariamente.
21.1. Rotina de Descarte das Placentas:
As placentas são colocadas em 02 sacos azuis, com identificação e formol:
• Nome da paciente;
• Hora e data do parto;
• Leito e registro da paciente;
• Data da gestação (se possível);
• Registrar no rótulo se houve alguma complicação no parto;
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• Colocar as placentas dentro do balde no corredor externo do Centro Cirúrgico;
• Serão recolhidas pelo funcionário do SHL;
• Encaminhar ao necrotério e colocar nos baldes de acordo com a identificação de cada
um;
• A placenta fica no hospital por 24 horas (as placentas de parto complicado, quando
identificadas, serão deixadas em observação por mais dias);
• Após 24 horas, são encaminhadas ao cemitério para sepultamento em cova rasa;
• Identificação dos baldes: Os baldes são identificados de acordo com os dias em que as
placentas são encaminhadas ao necrotério: Domingo, Segunda-feira, Terça-feira, Quartafeira,
Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado;
• As placentas recolhidas até 72 horas:
- Domingo: recolher na quarta-feira;
- Segunda-feira: recolher na quinta-feira;
- Terça-feira: recolher na sexta-feira;
- Quarta-feira: recolher no sábado;
- Quinta-feira: recolher na segunda-feira;
- Sexta-feira: recolher na segunda-feira;
- Sábado: recolher na terça-feira.
A. Rotina de Sepultamento das Placentas:
• Registrar em Livro de Registro próprio na Chefia de Enfermagem o nome da
Parturiente, e o tipo de parto (Normal ou Cesariana);
• Levar declaração de declaração de sepultamento em duas vias (uma via é do cemitério e
outra é da Instituição), não esquecendo de pegar o visto do funcionário do cemitério;
• A via da declaração da instituição é anexada no Livro de Registro de placentas e
membros (fonte de informação).
21.2. Rotina de Descarte de Membros Amputados:
• O médico deverá fazer uma declaração de encaminhamento do membro (2 vias),
contendo:
- Nome do paciente;
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- Registro;
- Hora e Data da Amputação;
- Parte do corpo amputada;
- Carimbar e assinar (obrigatório).
• A enfermagem deverá embalar o membro em saco branco leitoso, devidamente
identificado (mesmos dados da declaração feita pelo médico);
• Se houver extravio da declaração, a mesma deverá ser novamente solicitada ao médico
que realizou o procedimento;
• O Maqueiro encaminhará o membro ao necrotério e as 2 vias da declaração à Chefia de
Enfermagem;
• O funcionário do SHL deverá colocar o membro ensacado em caixa de papelão
lacrando-a com fita crepe;
• Avisar a Supervisão do SHL.
A. Rotina de Sepultamento dos Membros:
• Registrar em Livro de Registro próprio na Chefia de Enfermagem o nome do paciente,
registro, leito, horário, data e membro amputado;
• Levar declaração de declaração de sepultamento em duas vias (uma via é do cemitério e
outra é da Instituição), não esquecendo de pegar o visto do funcionário do cemitério;
• A via da declaração da instituição é anexada no Livro de Registro de placentas e
membros (fonte de informação).

sábado, 5 de março de 2011

Violência é 25% maior que em 2010

Delegacia contabiliza 18 homicídios em fevereiro


Delegacia contabiliza 18 homicídios em fevereiro
Apesar da queda se comparado ao do mês de janeiro, em que foram registradas 21 mortes, número ainda é preocupante: no mesmo período de 2009 foram 12 óbitos
DAYSE RESENDE
cidades@otempobetim.com.br
Dados divulgados pela Delegacia de Homicídios na quarta-feira (2) dão conta que, em fevereiro, Betim registrou 18 assassinatos. Apesar de terem caído, se comparados aos do mês de janeiro, os números ainda são alarmantes: é que, durante o mesmo período de 2009, foram registrados 12 e, em 2010, 21. Com esse balanço, o número de homicídios dolosos até o fim da tarde de quinta (3) era de 39, ou seja, 25% maior que em 2010, quando foram registrados, no mesmo período, 31.
A última vítima foi K.E.D.M, 16. Ela foi encontrada morta em um beco próximo à rua Senhora do Bonfim, no bairro Jardim Teresópolis, no fim da noite de segunda (28), com as mãos amarradas para trás com um pedaço de fio e a boca tampada por um adesivo plástico.
Como se pode conferir na arte ao lado, a maioria dos crimes em fevereiro vitimou pessoas entre 19 e 30 anos, repetindo a situação de janeiro.
O instrumento mais utilizado pelos criminosos, que também voltou a se repetir, foi arma de fogo: 83,3% dos casos. Os outros foram com arma branca (objetos cortantes) e demais objetos ainda não divulgados pela perícia. Já a região em que mais se matou foi a Central, representando 27,8% dos crimes. Em seguida, veio o Citrolândia, com 22,2%.
Em entrevista, o delegado Kleyverson Rezende, da Delegacia de Homicídios, informou que a regional está trabalhando para apurar os crimes. "Temos um prazo legal de 30 dias para apurar. O que posso garantir é que, dos 39 homicídios neste ano, seis já foram indiciados", ressaltou.
Trocas de tiros
Ainda em fevereiro outros dois jovens morreram. Em ambos os casos as vítimas foram atingidas durante trocas de tiros com a PM, enquanto tentam fugir de assaltos.



Assunto é discutido na mídia
O descontrole da violência e o número de assassinatos no município foram motivo de um debate nesta semana, durante o programa do jornalista Eduardo Costa, na Rádio Itatiaia. Quem levantou a discussão em torno do tema foi o presidente da ONG Cidadã e da Associação Comunitária de Mães, Amigos e Moradores do Alterosas (Acmama), Luiz Germano, que realizou uma manifestação na avenida Governador Valadares, região Central.
Com o apoio de voluntários, ele expôs ao longo da via 448 cruzes vermelhas, simbolizando o número de homicídios registrados em Betim desde que MDC assumiu o governo, há dois anos.
Desta vez, ele criticou a falta de apoio das autoridades de Betim durante seu protesto e voltou a cobrar as clínicas de tratamento prometidas pelo governador Antênio Anastasia, em campanha política. “Nossa cidade está entre as cinco mais violentas do Estado. É lamentável toda essa sitiação, pois somos, em contrapartida, a segunda mais rica. Já está na hora de acabar com a hipocrisia e colocar em prática medidas preventivas”, criticou.
Quem também participou do debate sobre a violência foi o presidente da Fundação Educativa Nossa Senhora do Rosário, Neuci Gomes, que, na ocasião, ressaltou a falta de investimento na educação. (DR)


sexta-feira, 4 de março de 2011

Visita 27-02-2011 Cemitério Nossa Senhora do Carmo em Betim - Cemitério Particular




RESOLUÇÃO CONAMA N° 335

RESOLUÇÃO CONAMA N° 335, DE 3 DE ABRIL DE 2003.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto n° 99.274, de 6 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, anexo à Portaria n° 499, de 18 de dezembro de 2002, e
Considerando a necessidade de regulamentação dos aspectos essenciais relativos ao processo de licenciamento ambiental de cemitérios;

Considerando o respeito às práticas e valores religiosos e culturais da população;

Considerando que as Resoluções CONAMA n°s 001, de 23 de janeiro de 1986 e 237, de 19 de  dezembro de 1997, indicam as atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental e remetem, ao órgão ambiental competente a incumbência de definir os critérios de exigibilidade, o detalhamento, observadas as especificidades, os riscos ambientais e outras características da atividade ou empreendimento, visando a obtenção de licença ambiental;

Considerando que o art. 12, da Resolução CONAMA n° 237, de 1997, permite a criação de critérios para agilizar e simplificar os procedimentos de licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos similares, visando a melhoria contínua e o aprimoramento da gestão ambiental,

RESOLVE:

Art. 1° - Os cemitérios horizontais e os cemitérios verticais, doravante denominados cemitérios, deverão ser submetidos ao processo de licenciamento ambiental, nos termos desta Resolução, sem prejuízo de outras normas aplicáveis à espécie.

Art. 2° - Para efeito desta Resolução serão adotadas as seguintes definições:
I - cemitério: área destinada a sepultamentos;



ver toda a lei no link abaixo.

Ossadas são enterradas em Betim

Restos mortais estavam armazenados em sacos plásticos no Cemitério Parque do Cachoeira desde 2005

Seguindo uma recomendação da Promotoria de Justiça de Betim, nesta quinta-feira, 2, a administração do cemitério Jardim Parque do Cachoeira realizou a destinação correta para os restos mortais armazenados em sacos plásticos há cerca de quatro anos. Cada uma das 128 ossadas foi enterrada individualmente em caixas metálicas na galeria pública do cemitério. A identificação dos restos mortais foi feita por meio de etiquetas que estavam coladas nos ossos desde a exumação. 38 ossadas não puderam ser identificadas e foram enterradas separadamente, caso as famílias queiram fazer exames de DNA.

Segundo o secretário municipal de Administração, Romeu Ferry, desde janeiro, o atual governo vem desenvolvendo ações de melhoria da qualidade do atendimento no cemitério. O secretário afirma ainda que as más condições do local já estavam sendo investigadas com base em denúncias feitas na Ouvidoria Municipal desde 2005. As apurações integram um relatório, que já foi encaminhado ao Ministério Público. "No processo existem denúncias relatando a venda ilegal de jazigos", afirma o secretário.

A Polícia Civil de Betim também já instaurou um processo criminal para investigar o caso. O delegado responsável pela ação, Marcelo Cali, está ouvindo testemunhas que comprovam as acusações de violação de sepultura e estelionato.

Na manhã de sexta-feira, 28, o secretário municipal, junto com representantes da Vigilância Sanitária, realizou uma vistoria nas obras de revitalização do Cemitério Parque do Cachoeira. Desde o início da semana passada, equipes da Divisão de Limpeza Urbana realizam serviços de limpeza, capina e dedetização para melhorar as condições do local. O combate aos insetos está sendo feito semanalmente pelo Centro de Controle de Zoonoses. A próxima etapa da revitalização prevê a colocação de azulejos e pisos nos vestiários, banheiros, cozinha e corredores. Estão previstas a reforma e ampliação dos velórios e a construção de uma lavanderia.

A Secretaria de Administração também esclarece que já está em andamento uma licitação para definir a empresa responsável pela manutenção e conservação do cemitério. A abertura dos envelopes contendo as propostas será no dia 8, às 9h. O edital prevê ações que vão garantir a melhoria das condições de atendimento ao público, tais como novos carrinhos para enterro, computadores e adequação do quadro de funcionários.

Betim é uma das cidades mais violentas do país

Uma pesquisa feita pela Rede de Informação Latino-Americana revela o mapa da violência nos municípios brasileiros. De acordo com o estudo, Betim, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, é uma das cidades com o maior número de mortes entre jovens do país.

A BHTrans e a prefeitura de Betim contestam os dados da pesquisa. Alegam que os acidentes e homicídios podem ter acontecido em outras cidades e que as mortes teriam sido registradas em Belo Horizonte e Betim em função do local onde as pessoas moravam ou foram hospitalizadas.

A Secretaria de Estado de Defesa Social só vai comentar a pesquisa depois de analisar os dados, mas informou que o estudo aponta uma tendência de queda da criminalidade violenta em Minas, já verificada pelo governo do estado.

Prefeitura de Betim é alvo de MP

04/11/2009


O Ministério Público Estadual (MPE) irá encaminhar, ainda nesta semana, um ofício à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). No documento, o órgão determina que a Feam averigue se a Prefeitura de Betim-MG está cumprindo as condicionantes do licenciamento de operações determinadas para o funcionamento do cemitério municipal Jardim Parque da Cachoeira.

O local é alvo de uma série de denúncias de irregularidades. A última delas foi mostrada ontem em O TEMPO. Trata-se de reclamação feita por moradores do bairro São Salvador, na região do Citrolândia. Na quinta-feira passada, eles acionaram à Polícia Militar e informaram que um caminhão de lixo da prefeitura da cidade havia despejado ossos humanos no aterro sanitário local.

No mesmo dia, os restos mortais foram recolhidos por um perito criminal para exames. "O laudo pericial apontará se as ossadas analisadas são humanas ou de alguma espécie animal. O prazo para a divulgação do resultado é de até 30 dias", disse o delegado Marcelo, da 4ª Delegacia de Polícia de Betim, que está acompanhando o caso.

Ontem o MPE informou que aguardará o laudo policial para tomar as medidas necessárias. Conforme o MPE, a Promotoria de Justiça de Betim vem acompanhando a situação do cemitério público Jardim Parque da Cachoeira, desde março, quando surgiram as primeiras denúncias.

Na ocasião, restos mortais de cerca de 166 pessoas foram encontrados acondicionados irregularmente em sacos de lixo, em um barracão nos fundos do cemitério. Por recomendação do MPE, a administração municipal teve que providenciar a identificação e urnas para enterrar todos ossos. Do total, 128 acabaram sendo identificados.

Comissão. As irregularidades no cemitério estão sendo acompanhadas também pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Betim. Uma subcomissão, formada por cinco vereadores, foi criada especialmente para o caso. "Se as análises confirmarem tratar-se de ossos humanos iremos cobrar que os responsáveis sejam punidos.É um desrespeito à população", disse o vereador Nehemias Araújo, presidente da comissão. A prefeitura da cidade informou que aguardará o laudo da Polícia Civil para se pronunciar.

Lei federal
Regulamento. O processo de licenciamento ambiental de cemitérios é determinado pela lei federal nº 335/03, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conan).

terça-feira, 1 de março de 2011

Visita ao Cemitério Cachoeirinha em Betim no dia 27-02-2011

Após conversar com o Secretário de Infra-estrutura fui verificar as medidas mitigadoras no Cemitério Cachoeirinha de Betim.
Setor 3 Hibisco citado na nota para liberação do Jazigos.


Novos jazigos que estão sendo feitos na parte frontal do Cemitério, e que também ja estão sendo utilizados.