domingo, 27 de março de 2011

Pesquisa CULTURA FUNERARIA

No período do paleolítico que possivelmente teve início a prática de inumações acompanhadas de ritos funerarios. O homem neolítico retoma ao culto aos mortos criando diversos tipos de sepulturas. O que se infere, então, é que as inumações eram praticadas nos campos, nas grutas naturais que também eram habitações - nas grutas artificiais, em fossas, em sepulcros.
Sepultamentos encontrados nos sambaquis, litoral centro-sul do Brasil, representam para os pesquisadores uma das mais importantes fontes históricas funerárias.
A cultura tupi-guarani possuía supultamentos de dois tipos: em terra e em urnas. O sepultamento em urnas, resultaria da preocupação dos sobreviventes de não deixarem os ossos em com a terra.
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até o momento da peste negra (peste bubônica) quando as igrejas não comportaram mais tantos corpos, além do risco de contaminação, quando os enterros foram instituídos.
No Brasil colonial e imperial os sepultamentos dentro de igreja também existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. Até então somente negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. Os homens livres eram sepultados nas igrejas, por isso o tamanho de uma cidade era medido pela quantidade de igrejas que possuía, pois as igrejas faziam o papel dos cemitérios e algumas cidades coloniais, no Brasil, por exemplo, possuíam mais de 360 igrejas.
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume era considerado corriqueiro e fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Alguns povos utilizavam a cremação para rituais fúnebres: os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 A.C. e os romanos, seguindo a mesma lista de tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 A.C. Nessas civilizações, como a cremação era considerada um destino nobre aos mortos, o sepultamento por inumação ou entumulamento era reservado aos criminosos, assassinos, suicidas e aos fulminados por raios (considerada até então uma "maldição" de Júpiter). As crianças falecidas mesmo antes de nascerem os dentes também eram enterradas.
No Japão, a cremação foi adotada com o advento do Budismo, em 552 D.C, importado da China. Como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares para sepultamento, pois o Japão possui pouquíssimo espaço territorial, os japoneses incrementaram significativamente a prática. Em 1867, foi promulgada uma lei que tornava obrigatório incinerar as pessoas mortas por doenças contagiosas para um controle sanitário eficaz e eficiente, bem como para racionalizar e obter melhor uso da terra. Os cidadãos passaram a considerar normal cremar todos os mortos e todas as religiões passaram a recomendá-la.
Há religiões que não recomendam a cremação. A Igreja Católica, por exemplo, permite a cremação se não for feita com a intenção materialista - que reduz a realidade ao que os sentidos podem apreender e o homem a um corpo -, de negação da ressurreição dos corpos, mas até recomenda «vivamente» (ver o catecismo) a prática de enterrar os corpos.
A cremação no Brasil exige que a pessoa registre em cartório o desejo de ser cremado, ou então que o parente mais próximo requisite o serviço. Já a disposição final das cinzas é livre, podendo ser conservadas em jazigos ou entregues a um depositário de cinzas.
O primeiro crematório com fins funerais inaugurado no Brasil foi o crematório municipal de Vila Alpina, na cidade de São Paulo, no ano de 1974.
Em 2008 praticamente todos os estados brasileiros dispõem de um crematório, sendo que a Grande São Paulo conta com três deles. O crematório da Vila Alpina crema cerca de 300 cadáveres ao mês.
As cinzas não retiradas dos crematórios são, via de regra, espalhadas nos jardins que entornam os crematórios.




Um comentário:

  1. Reportagem que foca um lado interessante de seu tema, mas cadê o comentário??? Não desperdice possibilidades, Adriana!

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