No período do paleolítico que possivelmente teve início a prática de inumações acompanhadas de ritos funerarios. O homem neolítico retoma ao culto aos mortos criando diversos tipos de sepulturas. O que se infere, então, é que as inumações eram praticadas nos campos, nas grutas naturais que também eram habitações - nas grutas artificiais, em fossas, em sepulcros.
Sepultamentos encontrados nos sambaquis, litoral centro-sul do Brasil, representam para os pesquisadores uma das mais importantes fontes históricas funerárias.
A cultura tupi-guarani possuía supultamentos de dois tipos: em terra e em urnas. O sepultamento em urnas, resultaria da preocupação dos sobreviventes de não deixarem os ossos em com a terra.
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até o momento da peste negra (peste bubônica) quando as igrejas não comportaram mais tantos corpos, além do risco de contaminação, quando os enterros foram instituídos.
No Brasil colonial e imperial os sepultamentos dentro de igreja também existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. Até então somente negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. Os homens livres eram sepultados nas igrejas, por isso o tamanho de uma cidade era medido pela quantidade de igrejas que possuía, pois as igrejas faziam o papel dos cemitérios e algumas cidades coloniais, no Brasil, por exemplo, possuíam mais de 360 igrejas.
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume era considerado corriqueiro e fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Alguns povos utilizavam a cremação para rituais fúnebres: os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 A.C. e os romanos, seguindo a mesma lista de tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 A.C. Nessas civilizações, como a cremação era considerada um destino nobre aos mortos, o sepultamento por inumação ou entumulamento era reservado aos criminosos, assassinos, suicidas e aos fulminados por raios (considerada até então uma "maldição" de Júpiter). As crianças falecidas mesmo antes de nascerem os dentes também eram enterradas.
No Japão, a cremação foi adotada com o advento do Budismo, em 552 D.C, importado da China. Como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares para sepultamento, pois o Japão possui pouquíssimo espaço territorial, os japoneses incrementaram significativamente a prática. Em 1867, foi promulgada uma lei que tornava obrigatório incinerar as pessoas mortas por doenças contagiosas para um controle sanitário eficaz e eficiente, bem como para racionalizar e obter melhor uso da terra. Os cidadãos passaram a considerar normal cremar todos os mortos e todas as religiões passaram a recomendá-la.
Há religiões que não recomendam a cremação. A Igreja Católica, por exemplo, permite a cremação se não for feita com a intenção materialista - que reduz a realidade ao que os sentidos podem apreender e o homem a um corpo -, de negação da ressurreição dos corpos, mas até recomenda «vivamente» (ver o catecismo) a prática de enterrar os corpos.
A cremação no Brasil exige que a pessoa registre em cartório o desejo de ser cremado, ou então que o parente mais próximo requisite o serviço. Já a disposição final das cinzas é livre, podendo ser conservadas em jazigos ou entregues a um depositário de cinzas.
O primeiro crematório com fins funerais inaugurado no Brasil foi o crematório municipal de Vila Alpina, na cidade de São Paulo, no ano de 1974.
Em 2008 praticamente todos os estados brasileiros dispõem de um crematório, sendo que a Grande São Paulo conta com três deles. O crematório da Vila Alpina crema cerca de 300 cadáveres ao mês.
As cinzas não retiradas dos crematórios são, via de regra, espalhadas nos jardins que entornam os crematórios.
Reportagem que foca um lado interessante de seu tema, mas cadê o comentário??? Não desperdice possibilidades, Adriana!
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